O desenvolvimento das cidades do litoral norte paulista torna fundamental a adoção de práticas sustentáveis pelo setor construtivo
Em agosto de 2020, em meio a todos os acontecimentos de um ano mais que atribulado, uma data passou quase despercebida: os dez anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei Federal nº 12.305, de 2010. Com essa legislação ficaram estabelecidas práticas para reduzir a quantidade de resíduos destinados aos aterros, uma questão atual e importantíssima para diversos setores, e em especial para a construção civil de regiões em franco desenvolvimento, caso de Ubatuba no litoral norte paulista.
Com negócios imobiliários aquecidos e inúmeros lançamentos, principalmente de empreendimentos residenciais, toda a região ainda tem que percorrer um longo caminho para se adequar totalmente ao PNRS e tratar adequadamente os resíduos gerados em obras. O artigo 9º da PNRS revela a prioridade a ser seguida: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Para atingir esses objetivos é necessário planejamento, engajamento e também investimentos. Acima de tudo, em uma obra, é preciso uma mudança de cultura dos operários envolvidos, o que só é obtido com muita comunicação e esclarecimento.
Um programa para nortear
A Atmosfera, construtora e incorporadora de Ubatuba, adotou práticas aderentes à PNRS a partir da criação de um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. A empresa, que desenvolve, executa e administra empreendimentos residenciais e comerciais em Ubatuba, implantou seu programa a partir de um planejamento detalhado, baseado em treinamentos, um trabalho de comunicação junto aos trabalhadores e até mesmo conversas informais com as equipes, segundo conta Rodrigo Lourenço, técnico em Segurança do Trabalho da Atmosfera Incorporadora. Com seu Programa de Gerenciamento de Resíduos, a empresa deu início a uma mudança cultural importante, passando a realizar o manuseio e a destinação correta dos vários tipos de resíduos gerados em seus canteiros de obras, incluindo metais, madeiras, papel e plásticos.
“Logo nos primeiros dias após a implementação tivemos um ganho visual, com a redução de caçambas e seu uso exclusivo para entulhos. Os resíduos gerados começaram a ser segregados e encaminhados para o destino correto”, diz Lourenço, contando que, aos poucos, as equipes foram abraçando o programa, com o importante apoio dos mestres de obra. Foi dada a destinação correta a todos os tipos de resíduos, como por exemplo a madeira, que tem um processo de reciclagem mais complexo. Uma empresa gestora foi contratada pela Atmosfera para retirar e destinar a madeira coletada dos empreendimentos da empresa em Ubatuba ao longo de 2020.
Resultados positivos
Os números registrados pela Atmosfera foram surpreendentes e, em apenas em dois meses de programa, os resíduos coletados separadamente e destinados a empresas especializadas somaram mais de 8 toneladas. A partir de janeiro de 2021, mais dois novos empreendimentos da empresa em Ubatuba já nascerão com os preceitos da correta gestão de resíduos e do Programa 5S, outra iniciativa adotada pela empresa para tornar os locais de trabalho mais organizados, simples, seguros e, principalmente, eficientes.
O objetivo da construtora e incorporadora é dar continuidade ao trabalho de adequação à Política Nacional de Resíduos Sólidos e buscar eficiência total. “Vamos reduzir resíduos na fonte”, afirma Lourenço, mostrando o alinhamento à prioridade da PNRS, que é a não geração de resíduos. E tudo começa com uma documentação bem feita dos procedimentos envolvidos nas etapas de manejo, identificação, acondicionamento, transporte, tratamento, reciclagem e disposição final de todo o resíduo gerado na construção dos empreendimentos.
Outros ganhos de eficiência
“Com essas iniciativas, também conseguimos evitar desperdício de materiais, por uma questão de melhor planejamento e visão de obra”, conta Lourenço. Ele também cita a otimização do tempo, já que tudo está melhor organizado agora nos canteiros de obras, destacando que algumas operações tiveram seu tempo reduzido em até 70%.
O Governo Federal também tem metas para o setor em relação aos resíduos gerados de volta à cadeia produtiva. A estimativa é aumentar em 25% a reciclagem dos resíduos produzidos na construção civil até 2040. No que depender de empresas como a Atmosfera Incorporadora, esse percentual será atingido muito antes. As iniciativas da construtora e incorporadora apontam o caminho quando o assunto é sustentabilidade no setor da construção. Ter um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos é fundamental para que as companhias cumpram as exigências legais junto aos órgãos fiscalizadores e registrem suas ações na área da responsabilidade ambiental.
Em uma região com grande potencial de desenvolvimento, em um município como Ubatuba, que tem cerca de 80% de sua área protegida por fazer parte do Parque Estadual Serra do Mar, é mais do que essencial estar em consonância com a legislação e ir além disso, atuando, por exemplo, na conscientização e capacitação da mão de obra. “Não seremos os salvadores do meio ambiente de Ubatuba. Mas é muito gratificante saber que estamos fazendo o nosso papel e que trabalhamos em uma empresa com consciência ambiental, que agrega valor com isso”, conclui Lourenço.
Para saber mais sobre as ações de responsabilidade ambiental e os empreendimentos da Atmosfera, acesse https://atmosfera.com/
incorporadora/noticia/2021/01/19/a-necessaria-reducao-dos-impactos-ambientais-da-construcao-civil.ghtml